CHILD FREE

Por falar em crianças, as empresas de aviação, de ônibus e de trem deveriam criar viagens especiais para menores de 13 anos. Essas criaturas não deveriam viajar próximas de pessoas mais velhas (que não fossem parentes delas, é claro), então haveria aviões especiais para os guris, ônibus adaptados às necessidades das crianças e trens com brinquedinhos para as pestes passarem o tempo.

Eu, por exemplo, seria cliente fiel de uma empresa que me garantisse que não haveria *nenhuma* criança presente na viagem. Seria a certeza de paz e tranquilidade durante o trajeto. Pagaria mais por isso, claro.

Também seria fidelíssimo àquelas companhias de transporte que dispusessem de câmaras à prova de som onde essas crianças ficariam armazenadas do começo ao fim da viagenm. Câmaras confortáveis, com livrinhos, brinquedinhos, almofadinhas, fofurinhas e ainda espaço para as coitadas das mães.

Porque, anotem isso, eu ainda vou cometer um homicído contra alguma criança que não parar de chorar ou de correr ou de chutar a minha poltrona durante uma viagem. Ah, vou. O curioso é que sempre que tento dormir com esses gremlins por perto _não consigo, evidente, mas tento_, imagino, naqueles momentos REM, em que não se está muito dormindo nem muito acordado, que enfiaria o travesseiro goela abaixo até aquele som estridente cessar. Ou (e isso quase fiz mesmo) que colocaria o pezinho displicentemente no corredor com o objetivo de criar um obstáculo para o petiz que corre _e a fim de acelerar o processo de queda dos dentes de leite, hehe.

De modo que as crianças (eu adoro crianças, me divirto e aprendo muito com todas com as quais convivo) deveriam ter o seu próprio lugarzinho _vedado_ nas viagens, principalmente as mais longas. É uma questão de mantê-las vivas até o destino final, porque tem cada louco estressado que não pode ouvir um berreiro…

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